
LIVRO
Brian Hamill/Getty Images![]() | ![]() |
John Lennon: biografia equilibrada e reve- ladora do Beatle assassinado em 1980 |
JOHN LENNON: A VIDA, de Philip Norman (tradução de Roberto Muggiati; Companhia das Letras; 856 páginas; 69 reais)
• Biografias de John Lennon existem às pencas. O diferencial do livro de Philip Norman – que já havia escrito uma biografia dos Beatles – foi retratar o autor de Imagine de uma perspectiva muito equilibrada, sem sensacionalismo, mas também sem beatificar o biografado. O livro é realmente completo: narra a trajetória dos Beatles e a carreira-solo de Lennon com uma atenção impressionante às minúcias, iluminando a personalidade surpreendentemente insegura e contraditória de John Winston Lennon. O músico teve uma infância problemática: desgarrado do pai e da mãe divorciados, viveu grande parte da infância com uma tia, Mimi, em Liverpool, experiência que lhe deixou a sensação de não ser amado. Reaproximou-se da mãe, Julia, na adolescência – e Norman levanta a hipótese, que não chega a provar, de que ambos poderiam ter tido uma experiência incestuosa. O cantor também se sentia atraído pelo companheiro Stu Sutcliffe (que morreu antes de os Beatles gravarem seu disco de estreia), mas se enfurecia se levantassem alguma dúvida sobre sua heterossexualidade. Norman exime-se de fazer análises mais profundas sobre esses demônios íntimos do cantor assassinado em 1980. Ele apenas apresenta os fatos e espera que o leitor tire suas conclusões. Leia trecho.
DVD
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Johnny Depp e Al Pacino em Donnie Brasco: a angustiada vida dupla de um agente infiltrado na Máfia |
DONNIE BRASCO (Estados Unidos, 1997. Sony)
• Na década de 70, o agente federal Joseph Pistone se infiltrou na máfia nova-iorquina. Sob o nome de Donnie Brasco, ele estreitou uma amizade com Lefty Ruggiero, gângster que lhe abriu as portas da organização criminosa, colheu preciosas informações policiais, mas também viu sua vida íntima desmoronar. Baseado nas memórias de Pistone, o filme à primeira vista parecia uma reunião de improbabilidades: seu diretor, o inglês Mike Newell, vinha do sucesso romântico Quatro Casamentos e Um Funeral; para o papel do agente escolheu-se Johnny Depp, cujo talento era ainda uma incógnita; e Anne Heche, como a mulher de Pistone, estava no centro das atenções pelo namoro lésbico com Ellen DeGeneres. O saldo, porém, foi sólido. O elenco todo se mostra impecável, a começar por Al Pacino, como o tristíssimo Lefty. E Newell capta em detalhe a angústia de Pistone em se tornar cada vez mais parecido com as pessoas que despreza – e ter de trair a única delas que, apesar dos pesares, tem algum valor.
DISCO
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INVADERS MUST DIE, The Prodigy (Atração)
• Liderado pelo DJ e produtor Liam Howlett, o Prodigy alcançou as primeiras posições das paradas dos Estados Unidos e da Inglaterra com o disco The Fat of the Land (1997) – no qual cruzava a agressividade do rock com batidas eletrônicas. O grupo passou por um período de instabilidade no início da década, mas está novamente afiado com Invaders Must Die. O retorno do Prodigy se deve ao estouro da new rave, um subgênero da música eletrônica criado por bandas como Klaxons. A diferença é que o Prodigy é bem melhor do que seus pretensos seguidores. Invaders Must Die tem batidas agressivas – atente para a "paulada" de Run with the Wolves, que traz a participação do baterista Dave Grohl, ex-Nirvana – e canções perfeitas para madrugadas de dança, como Warriors Dance.
Amei o acróstico!!!!
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