Federer tem mais um dia de ''mortal''
Suíço perde para o checo Tomas Berdych e, pela 1ª vez depois de oito anos, é eliminado em Wimbledon antes de chegar à final
Até os mitos, por vezes, enfrentam fases ruins. Hoje foi a vez de o lendário Roger Federer ter seu dia de tenista comum. O maior de todos os tempos caiu justamente no torneio de que mais gosta e no qual figura há tempos entre os principais favoritos. Após oito anos, perdeu antes da final de Wimbledon para o checo Tomas Berdych: 3 sets a 1 (6/4, 3/6, 6/1 e 6/4). O All England Club ficou em choque com a queda de um de seus mais queridos e admirados frequentadores.
Depois de eliminação também nas quartas de final de Roland Garros, é o segundo torneio de Grand Slam seguido do qual Federer fica pelo caminho antes da semifinal logo ele, que detinha, antes de Paris, recorde de 23 aparições consecutivas nessa rodada dos torneios mais importantes do tênis. Deixa Wimbledon antes do domingo decisivo, fato que havia ocorrido pela última vez apenas em 2002, quando foi derrotado pelo croata Mario Ancic ainda na primeira rodada.
Justiça seja feita, Berdych mereceu a vitória. O checo vem em sua melhor temporada; deve chegar ao top 10 com o resultado e já havia surpreendido ao figurar na semifinal de Roland Garros. Agora mostrou que seus golpes retos e potentes funcionam ainda melhor na grama. Enfrenta Novak Djokovic -- que bateu Yen Hsun-lu na semifinal.
Federer usou uma justificativa pouco criativa para mais um revés: uma contusão. Aliás, duas. O suíço diz que vem sentindo dores na perna direita e nas costas desde o Torneio de Halle, há três semanas, quando perdeu a final para o australiano Lleyton Hewitt. "Foi brutal para mim. Toda vez que o Berdych teve uma chance, ele aproveitou", conformou-se o suíço. "Se há algo de bom nessa derrota é que vou tirar um tempo para descansar", disse, garantindo que não vai participar de nenhum torneio pelas próximas duas semanas.
Os reveses seguidos em torneios em que defendia o título farão Federer cair para a 3.ª colocação no ranking mundial, algo que também não ocorria havia muito tempo. Desde novembro de 2003, o suíço fincou pé na disputa do trono e, na pior das hipóteses, figurou na vice-liderança.
Porque é tão absurdo descobrir que Roger Federer é mortal. Deus criou os homens a sua semelhança com a diferença que somos todos mortais, e no caso de Federer nada muda. Em 2009, quando ele ganhou Roland Garros, o grande campeão deste torneio foi desclassificado "alegando", também uma contusão e Federer sagrou-se campeão do único torneio que ainda não havia ganho. Ninguém estranhou o fato de Nadal se contundir nem comentou que ele era "humano". No caso do Federer porque é tao dificil acreditar que ele está contundido, se ele nunca, nem quando esteve bem doente fez tais alegações. Não vamos desmerecer a conquista do Berdich, mas se o grande campeão de todos os tempos estivesse em grande condições fisícas, será que o resultado teria sido o mesmo?
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