terça-feira, 20 de outubro de 2009

Gel da Herbalife

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O teste do gel
Anna Paula Buchalla

Ele já era quase um item obrigatório na bolsa das mães de crianças pequenas – que vivem com as mãos sujas, caem e se machucam o tempo todo. Desde abril, com a disseminação da gripe A no Brasil, o gel antisséptico está praticamente em todo lugar: na pia do banheiro, na porta de entrada das escolas, na mesa do escritório, nos toaletes dos shoppings e por aí vai.
Com uma concentração de álcool em torno de 70%, o gel é capaz de matar os vírus e bactérias dos ambientes onde circulamos no dia a dia. Isso inclui os causadores de resfriados e gripes, como o temido vírus influenza do tipo A. A exceção são vírus e bactérias de ambiente hospitalar, mais resistentes. A pedido de VEJA, o laboratório Microbiotécnica comparou a capacidade antibacteriana de quatro marcas muito vendidas de gel antisséptico. O resultado: "Um antisséptico só tem o alcance esperado, ao redor de 90%, se as mãos estiverem limpas", diz o biomédico Roberto Figueiredo, que conduziu o teste. De acordo com os resultados, lavar as mãos é, em geral, mais eficiente do que espalhar o gel (aliás, os fabricantes fazem questão de deixar claro que o antisséptico não substitui a lavagem das mãos). Ou seja, ele se torna realmente útil nos locais onde não há água e sabão. O ideal, sem que isso se transforme num ritual obsessivo-compulsivo, é que as duas providências sejam combinadas nas situações de maior exposição à sujeira. Entre as bactérias mais perigosas que podem ser encontradas nas mãos, está o Staphylococcus aureus, que teve uma medição isolada no teste encomendado pela revista. "Quando entra em contato com cortes e outros ferimentos, o Staphylococcus aureus é causa comum de infecções purulentas", diz a microbiologista Rita de Cássia Salomão, diretora técnica do Microbiotécnica.

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