
Sharapova sofre novamente, mas é uma vencedora
31/05/2009 às 17h17
Elói Silveira
Especial de Paris
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Mesmo depois de quase 1h30 entre a vitória e as primeiras declarações à imprensa, Robin Soderling admitia estar surpreso e um pouco sem palavras para descrever a sensação de acabar com o reinado da fera Rafael Nadal em Roland Garros (sendo tetracampeão, sofreu sua primeira derrota neste Grand Slam). Mas uma coisa o sueco não escondeu: a experiência que ele havia vivido neste domingo já era sem dúvida a mais marcante de sua carreira. "Ainda não estou totalmente conectado, mas sei que estou contente. É o maior momento da minha carreira até agora. Eu acho que não poderia ter sonhado com isso um dia e tenho certeza de que lembrarei deste dia para sempre. Não estou em estado de choque, mas ainda vai demorar um pouco para que eu entenda bem esta ideia de ter ganhado dele. Com certeza me sinto diferente agora", exprimiu. Tamanha era a surpresa que Soderling nem conseguiu pensar na possibilidade de conquistar o título do Grand Slam após a perfeita atuação deste domingo. "Não, eu não posso dizer que vou ganhar. Todos os jogadores que estão aqui são excelentes. Mas acho que posso ganhar de qualquer. Igualmente, se não estiver num dia bom, eles poderão me bater também. Vou ter de continuar jogando meu melhor tênis", completou o sueco de 24 anos. Perguntado em qual momento da partida ele passou a acreditar realmente na possibilidade de derrotar Nadal, o sueco se esquivou e preferiu destacar a força mental em todo o confronto. "Eu pensava todo o tempo: 'Preciso acreditar'. Antes eu havia dito a todo mundo que seria meu maior desafio até agora enfrentar o melhor jogador n
o saibro em melhor-de-cinco sets e em Roland Garros. Mas sabia que tinha uma chance e tinha de focar que era um jogo como outro qualquer. Isso me ajudou". Enquanto Nadal chegou a dizer que "havia facilitado" com um jogo curto e pouco agressivo, Soderling não concordou e colocou em sua ótimo dia o motivo pelo triunfo. "Eu joguei uma excelente partida. Já faz duas semanas seguidas que estou jogando bem. Mas se ele acha que jogou mal, o que posso dizer? Eu nunca diria uma coisa dessa", cutucou, passando em seguida à tática utilizada no épico momento. "Tentei ao máximo fazer com que ele corresse, principalmente com minha direita. E estava com bons golpes de esquerda, bem chapada. Acho que hoje acertei todos os golpes que queria e saquei muito bem, o que foi fundamental", completou o sueco.

Lesão e lição - Durante a entrevista, Soderling lembrou do duro momento vivido no ano passado, quando sofreu uma séria lesão no pulso esquerdo e chegou a perder quase todo um semestre. Fase que, segundo ele, foi importante em seu retorno ainda mais forte. "Neste tempo eu nunca parei de treinar, principalmente meus slices e meus forehands. Com certeza teria sido pior se fosse uma lesão no pulso direito". "Eu não estava querendo esperar que a lesão curasse completamente para voltar a jogar. E eu passava três, quatro horas por dia na sala de ginástica, treinava um pouco também. E o (Magnus) Norman (que esteve na arquibancada neste domingo) me ajudou bastante. Gosto dele porque posso perguntar bastante quando tenho alguma dúvida: 'Você tinha estes problemas quando jogava?'. E ele me explica e me ajuda bastante". Classificado para as quartas-de-final, Soderling vai enfrentar agora o russo Nikolay Davydenko, que acabou de vez com a festa espanhol em Roland Garros ao eliminar Fernando Verdasco. O jogo deve acontecer apenas na terça-feira, tempo de sobra para que o sueco reflita e se inspire ainda mais após o feito quase inacreditável.
A russa Maria Sharapova precisou suar muito para avançar nas oitavas de final de Roland Garros contra a chinesa Na Li, cabeça de chave 25 no torneio. Sharapova chegou a levar um “pneu” no segundo set mas venceu por 2x1, parciais de 6/4 0/6 6/4 em 2h13 de jogo.
ResponderExcluirMas desta vez serviu para ver que ainda precisa melhorar seu preparo físico...
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