
Ainda que Rafael Nadal tenha sentido o cansaço da semifinal de quatro horas diante de Novak Djokovic neste sábado, 17, é inegável que a vitória de Roger Federer sobre o espanhol na decisão do Masters 1000 de Madri deu um novo ânimo ao suíço. Comemorando seu primeiro título em 2009, o ex-número um do mundo estava claramente aliviado.
"É importante ter vencido Rafa às vésperas de Roland Garros. Agora, vou para lá mais otimista e já imagino que eu possa ser campeão. Até algumas semanas atrás, eu achava que não", admitiu Federer, que não segurou a emoção e chegou a chorar após perder para Nadal na decisão do Aberto da Austrália, em fevereiro.
Mas a missão de Roger no saibro francês não será nada fácil: desde 2005, Nadal tem se sagrado campeão do segundo Grand Slam do ano, único dentre os títulos importantes que faltam na galeria do suíço. O helvético, aliás, admitiu que não estava nada bem até pouco tempo atrás.
"Eu não havia ganho um torneio em 2009 até agora. Em outros anos, isso não faria diferença porque eu sempre era um dos favoritos em Paris. Porém, alguns jogadores passaram a incomodar. Por isso, as duas semanas de descanso antes e depois de Roma me fizeram bem", contou.
Nadal cansado? - Federer brincou quando foi questionado sobre o cansaço de Nadal na final em Madri, fator que poderia lhe ter facilitado as ações. "Espero que, quando jogarmos em Roland Garros, ele também não tenha dormido muito", sorriu.
"Na verdade, todos estamos preparados para jogar nestas condições. Não achei que ele estava lento. Se alguém entra no jogo é porque está em condições de competir", continuou o número 2 da ATP, mais sério. "Nadal lutou por ele e pelos torcedores. Mas Paris é uma outra história, pois Rafa nunca perdeu lá", lembrou.
Para o suíço, a derrota deste domingo não vai abalar o rival, que viu interrompida uma sequência de 33 vitórias no saibro. "Quando ganhei dele em Hamburgo (em 2007), Nadal acumulava 81 vitórias seguidas e não ficou abalado. Agora, também acredito que isso não vá acontecer. Acho que essa é a melhor temporada dele no saibro e ele estará sólido em Roland Garros", apostou.
A diferença, falou Federer, estará em si próprio. "Demonstrei que é possível vencer Nadal no saibro e isso é bom para todos verem que esta possibilidade existe. Sinto que meus serviços funcionam de novo. Será muito bom jogar Roland Garros nesta situação", destacou.
O Grand Slam de Roland Garros se iniciará neste domingo, 24, bem cedinho. No mesmo dia, as 500 milhas de Indianápolis acontecerão à tarde. Minha torcida é pelo Castro Neves.
- Site oficial: Roland Garros
Domingo, o número dois do ranking tentará igualar outras marcas, mais simbólicas: o recorde de títulos de Grand Slam de Pete Sampras (14) e a de ganhar os quatro torneios da série mais importante do tênis (só cinco homens fizeram isso).
ResponderExcluirA oportunidade para atingir os objetivos parece a melhor possível. Diferentemente das últimas três temporadas, quem estará do outro lado não será o rei do saibro Rafael Nadal, mas a zebra Robin Soderling.
O sueco Soderling impôs a primeira derrota a Nadal em Roland Garros, mas é um grande freguês de Federer, que venceu os nove confrontos diretos.
"Ainda que tenha um retrospecto excepcional contra ele, será duro, pois ele está impressionante", afirmou o suíço sobre o adversário, que é o 25º do ranking e nunca havia passado da terceira rodada em 21 Grand Slams anteriores. "Ele é o único a vencer o Rafa, que era o homem a ser batido aqui", completou Federer, derrotado por Nadal nos quatro últimos anos.
"É uma grande emoção estar na final de um Grand Slam. O maior torneio do mundo e no saibro", disse Soderling após bater o chileno Fernando Gonzalez (6/3, 7/5, 5/7, 4/6 e 6/4).
"Se me perguntassem alguns anos atrás qual final de Grand Slam eu gostaria de disputar em 2009, eu não diria Roland Garros", disse ele, cujos três títulos foram em quadra rápida.
Após uma virada espetacular no quinto set, quando perdia por 4 a 1, Soderling recolocou a Suécia em uma grande final após nove temporadas.
Seu último compatriota a decidir um Grand Slam foi Magnus Norman, que perdeu para o brasileiro Gustavo Kuerten em Roland Garros-2000.
"Disputar uma final de Grand Slam é algo diferenciado. Fiquei muito nervoso naquele jogo e agora sei que conselhos posso dar a Robin"', afirmou Norman, que atualmente é técnico de Soderling.