
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira que sua estratégia para combater a crise econômica está começando a progredir e, ao mesmo tempo, pediu aos americanos que tenham paciência para que as medidas adotadas contra a crise gerem efeito, pois este será um processo que levará algum tempo. Segundo ele, "essa crise não surgiu da noite para o dia, e também levará tempo para que saiamos dela".
- Implantamos uma estratégia ampla para atacar essa crise em todas as frentes. Estamos começando a ver sinais de progresso na situação econômica - disse Obama, em discurso proferido antes da entrevista coletiva concedida na Casa Branca, onde fez um balanço dos 100 primeiros dias do governo.
" Implantamos uma estratégia ampla para atacar essa crise em todas as frentes. Estamos começando a ver sinais de progresso "
O presidente, no entanto, advertiu que superar a crise ainda levará ''muito tempo'' e será necessária a colaboração de todos. Ele pediu que os americanos olhem para o futuro com a confiança renovada de que dias melhores virão.
- Vamos nos recuperar dessa recessão - afirmou o presidente.
Obama defendeu seu projeto orçamentário de US$ 3,55 trilhões, que enfrentou críticas de republicanos e até mesmo de alguns democratas que o consideraram muito caro. Para Obama, o projeto é fundamental para criar as bases de uma prosperidade duradoura e evitar uma crise financeira semelhante nos próximos 10 a 20 anos.
O presidente afirmou que seu orçamento abrirá caminho para um crescimento econômico mais amplo "ao mudar de uma era de emprestar e gastar para uma de poupar e investir". No discurso transmitido pela televisão, Obama disse que os recursos serão investidos em energias renováveis, criação de novos empregos e novos negócios, de forma que os EUA fiquem menos dependentes do petróleo estrangeiro.
Obama lança críticas a bônus pagos pela AIGObama também falou sobre os bônus pagos pela seguradora AIG, se dizendo "tão zangado quanto qualquer pessoa" com os benefícios pagos a executivos após a empresa receber US$ 180 bilhões em ajuda do governo para não ir à falência.
Ele disse que esperou para demonstrar sua indignação sobre o pagamento de bônus a funcionários da AIG porque queria ter todos os detalhes da questão primeiro.
- Levou alguns dias porque eu gosto de saber do que estou falando antes de falar - disse ele durante entrevista coletiva transmitida pela televisão americana.
O presidente americano afirmou ainda que, embora vá "tomar medidas para ter certeza que os bancos terão dinheiro para operar", também será cauteloso para que essas resoluções "não façam a economia cair de novo em uma bolha". Também nesta terça-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, e o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, participaram de reunião do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara de Representantes dos EUA sobre o controverso pagamento da seguradora AIG de US$ 165 milhões em bônus a seus executivos no dia 15 de março. Obama disse também acreditar no apoio da população e do Congresso ao seu pedido de novos poderes para regular as instituições financeiras afetadas pela crise.
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